Machado de Assis, “Quincas Borbas”, por Abel Barros Baptista
É bem conhecida a frase derradeira de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881): «Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.» A aula averiguará a possibilidade de essa frase se transferir para o romance seguinte Quincas Borba (1891), analisando a peculiar estrutura testamentária com que começa: o testador, o filósofo Quimcas Borba, o cão também chamado Quincas Borba, e o Rubião, o herdeiro universal entre um e outro, apanhado pelo destino.
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A língua, a literatura e a liberdade são os tópicos das aulas do FeLiCidade. A quadrangulação presente nas Conversas é estendida a estas sessões, acessíveis a um público abrangente. Celebramos os 500 anos de Camões (Frederico Lourenço remonta ao estudo do autor, e José Luiz Tavares desafia-nos a conhecer o Camões Crioulo), os 100 anos de Alexandre O’Neill, os 100 anos do surgimento de Ricardo Reis (numa aula sobre o heterónimo de Pessoa e outra sobre o Ricardo Reis de Saramago), estudamos o potencial poético e literário das canções Mulheres de Atenas de Chico Buarque (por João Constâncio e Luísa Buarque) e Língua, de Caetano Veloso (por Eucanaã Ferraz e Pedro Duarte). E como resistir às aulas sobre Rui Knopfli, Mário Domingues, Ruy Duarte de Carvalho e outros autores africanos?
