Carlos Drummond de Andrade por Joana Matos Frias
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) é como o Pão de Açúcar: a força da sua silhueta marca a paisagem do Rio de Janeiro — onde morou a maior parte da vida adulta –, os turistas atropelam-se para tirar selfies com o seu contorno em fundo. Ao contrário do Pão de Açúcar, porém, Carlos Drummond de Andrade nunca fecha, e talvez seja por isso que pedaços da obra que escreveu e publicou ao longo de mais de 50 anos circulem de boca em boca, pelas ruas e pelas casas, em qualquer horário. Que força estranha é essa que leva a que versos de um dos mais importantes escritores brasileiros do século XX se tenham convertido em património comum da humanidade?