O anarquista Mário Domingues: história de um silêncio, por António Baião
Mário Domingues (1899-1977) foi um ficcionista, historiador e tradutor nascido na ilha do Príncipe. Mas foi também um dos jornalistas mais lidos durante a Primeira República, além de crítico de arte, activo sindicalista, anticolonialista e anarquista. Apesar desta prolixidade, o seu nome e a sua prática acabaram por ficar confinados na sombra dos discursos políticos hegemónicos do último século. Tracemos, então, uma história deste silêncio.
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A língua, a literatura e a liberdade são os tópicos das aulas do FeLiCidade. A quadrangulação presente nas Conversas é estendida a estas sessões, acessíveis a um público abrangente. Celebramos os 500 anos de Camões (Frederico Lourenço remonta ao estudo do autor, e José Luiz Tavares desafia-nos a conhecer o Camões Crioulo), os 100 anos de Alexandre O’Neill, os 100 anos do surgimento de Ricardo Reis (numa aula sobre o heterónimo de Pessoa e outra sobre o Ricardo Reis de Saramago), estudamos o potencial poético e literário das canções Mulheres de Atenas de Chico Buarque (por João Constâncio e Luísa Buarque) e Língua, de Caetano Veloso (por Eucanaã Ferraz e Pedro Duarte). E como resistir às aulas sobre Rui Knopfli, Mário Domingues, Ruy Duarte de Carvalho e outros autores africanos?