Ufolo | Jota Mombaça & Nádia Yracema + Cleo Diára + Isabél Zuaa + Luan Okun
Estas leituras encenadas podem não ser leituras e podem nem ser ensaiadas. Desejamos sobretudo que tenham eco, que convoquem, entranhando-se. Doze artistas, lado a lado, vislumbram possibilidades e desenham mudanças. Elas falam na sua linguacção, suas ideias e suas coreografias ocupam os espaços vazicheios, desativando as arapucas.A gente quer presentificar nossas línguas e nossas vivências – cada oportunidade dessas, écelebração de cruzamentos e de surpresas por revelar. Um ensaio de comunidade e revolução. Nkululeko primeiro, para que a língua possa falar depois, transformando e trans-formando-se. Como se usa a língua em nkululeko, celebrando as suas múltiplas formas e existências? Com hamu. Como se cuida da nkululeko? Com hamu. Como encontramos espaço dentro da linguagem, e além dela, num sistema que tende a fechar-se na sua própria normatividade? Talvez com hamu. Nkululeko e língua são invenções, palavras imaginadas para nos traduzirmos no mundo. E dentro delas há atravessamentos e reverberações, há fricções. Só assim pode estar vive. Pe tud funçiona tem k estod vive.