Catarina Gomes
Catarina Gomes (Lisboa, 1975) é autora de quatro livros de não-ficção e do romance Terrinhas (Gradiva), vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís.
Em Coisas de Loucos (edições Tinta da China) conta as vidas de oito doentes psiquiátricos a partir de objectos pessoais que estes deixaram para trás no antigo Manicómio Miguel Bombarda. A obra foi adaptada a teatro e as reportagens que estiveram na origem do livro receberam o Prémio de Jornalismo da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.
Furriel não é nome de pai (edições Tinta da China) quebrou um tabu, contando pela primeira vez a história dos filhos que os militares portugueses tiveram com mulheres africanas durante a Guerra Colonial e que deixaram para trás.
Em Pai, Tiveste Medo? (edições Matéria-Prima aborda a forma como a experiência do conflito chegou à geração dos portugueses filhos de ex-combatentes. As três obras de não-ficção foram incluídas no Plano Nacional de Leitura. Publicou ainda as histórias Sono activo na revista Granta (Sono/Sonho) e Colagens no livro Contágios.
No seu novo livro, Um Dedo Borrado de Tinta-Histórias de quem não pôde aprender a ler (Fundação Francisco Manuel dos Santos), andou pela aldeia do Casteleiro a ouvir quem nunca pôde aprender a ler.
Foi jornalista do Público durante quase 20 anos, tendo recebido alguns dos prémios nacionais mais importantes da área, como o Gazeta. Foi duas vezes finalista do Prémio de Jornalismo Gabriel García Marquez e recebeu o Prémio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha.